Transcrição do vídeo
Bem-vindos a esta aula sobre diagnóstico e a importância do diagnóstico para realizar um tratamento adequado. Já vimos as indicações e as contraindicações. Eu sei que estão em casa e podem saltar, mas deduzo que vão pelo menos, ou se não o fizeram, voltem lá atrás e vão lá espreitar. E ver as indicações e as contraindicações antes de vir diretamente ao diagnóstico. O diagnóstico é a nossa capacidade de aferir… Uh, palavra cara, ui! de auditar, ainda mais cara… (O Diagnóstico é o modo) de podermos identificar qual é a melhor forma de atuar. E daí a importância do diagnóstico para sabermos como nos devemos posicionar. Nas contraindicações falámos de também saber, quando não atuar. Então para fazermos um tratamento adequado e que realmente se ajusta da melhor forma à condição de quem vem até nós, temos de saber de algum modo diagnosticar. Diagnóstico é algo super extenso. Não… não vos vou enganar, é super extenso. Eu fiz um… na verdade, um grande esforço para tentar passar o máximo nesta formação. De uma forma muito resumida para terem ferramentas para depois poderem atuar. Alguns de vocês já vão ter também formas de diagnóstico, “isto não vai ser novo” ou se calhar vão ter um “Ah! Ah! pronto agora entendo”. No entanto, vou passar também dentro dos meus conhecimentos formas de diagnosticar de uma forma próxima ou à distância, ou por pequenas nuances. Vou ser muito sincero, eu acredito que é possível fazer diagnóstico a partir de qualquer coisa. E muitas vezes vemos isto: profissionais numa área que às vezes não tem nada a ver e eles conseguem fazer o diagnóstico a partir de coisas completamente inusitadas. Lembro-me de alguém que fazia diagnóstico pela forma como alguém dançava. Então a pessoa dançava e com todo o movimento a pessoa fazia diagnóstico. Muitas vezes fisioterapeutas e quem estuda a osteopatia percebem problemas e questões no corpo da pessoa pela forma como se senta, pela forma como se posiciona, como caminha. Nós aqui também vamos abordar isso: a postura da pessoa, o caminhar, o cheiro, a voz… eu sei que o cheiro é um pouco estranho e não tou a falar só do ir tomar banho. Há nuances, há fragrâncias no cheiro, do mesmo modo que há na cor e isso permite-nos fazer diagnóstico. Porque isso indica padrões de desequilíbrio ou de equilíbrio. Então nestas aulas ou nestas diferentes sessões que teremos a seguir, vamos abordar caso a caso, vou dar aqui também exemplos de experiências e casos práticos. Para que consigam integrar todo este conhecimento. E mais uma vez lembrem-se que todos os cursos têm ferramentas complementares. E que vão acompanhar para trazer todo o valor que vocês… que vocês merecem! Um até já e vamos lá!
Introdução ao Diagnóstico
A importância de identificar corretamente a condição do paciente é fundamental para proporcionar um tratamento eficaz. Desenvolver habilidade a aferir as necessidades terapêuticas é essencial para saber como e quando atuar. O diagnóstico não é um processo simples e requer atenção a detalhes como postura, caminhar, cheiro, voz, entre outros. Estes elementos podem revelar padrões de equilíbrio ou desequilíbrio no corpo, fundamentais para a aplicação de técnicas terapêuticas.
Conhecer as indicações e contraindicações é importante para saber quando e como atuar, ou não atuar, conforme a condição e constituição do paciente. Para desenvolver mesmo as formas simples de diagnóstico oriental, é necessário estudar, observar e ir desenvolvendo experiência.
Constituição e Condição
A constituição e a condição são dois conceitos fundamentais no diagnóstico terapêutico, e é crucial diferenciá-los para uma avaliação precisa.
Constituição refere-se à estrutura física e mental básica de um indivíduo, determinada geneticamente e relativamente estável ao longo da vida. Condição é o estado atual de saúde e bem-estar, influenciado por fatores temporários como estilo de vida e emoções.
Exemplos de Constituição:
- Tipo de corpo resistente
- Temperamento calmo
- Alta vitalidade
Exemplos de Condição:
- Saúde atual debilitada por infecção
- Exaustão temporária devido ao excesso de trabalho
- Ansiedade causada por stresse temporário
Diferenciar constituição e condição é essencial para um diagnóstico preciso. A constituição indica predisposições naturais, enquanto a condição revela o estado presente que precisa de intervenção imediata. Por exemplo, um paciente com constituição forte pode estar numa condição fragilizada devido ao stresse, requerendo tratamentos específicos sem sobrecarregar o seu sistema.
Métodos para desenvolver o diagnóstico oriental
- Estudar o esqueleto
- Estudar localização e funções dos orgãos
- Estudar pontos vitais gerais
- Estudar articulações gerais, músculos e tendões
- Estudo da teoria das Cinco Fases
- Estudo da teoria do Yin-Yang
- Observar atentamente transeuntes numa zona movimentada
- Meditação para melhor percepção corporal e foco
- Desenvolver técnicas de respiração
Relação, correlação de sinais e cautela
No processo de diagnóstico, é crucial distinguir entre relação e correlação dos sinais. A relação implica uma ligação direta, enquanto a correlação indica que os sinais ocorrem juntos, mas não necessariamente têm uma causa comum.
Evitar a precipitação em conclusões com base em uma ou duas confirmações é essencial. Um diagnóstico deve ser uma estimativa informada a partir de múltiplos sinais. É importante compreender que os mesmos sinais ou conjuntos de sinais podem derivar de diferentes cenários, exigindo uma análise cuidadosa e abrangente.
Para evitar a presunção e arrogância, lembre-se de que um diagnóstico é uma interpretação que requer humildade e reconhecimento das nossas limitações. Do carater dúbio dos fenómenos e eventos. Em que o o benefício da dúvida e vigilância atenta são valiosos. A cautela em julgar garante um tratamento mais eficaz e seguro, com base numa análise completa e consciente de todos os dados disponíveis. Em caso de dúvida, volte a verificar e se sentir alguma apreensão nalgum ponto, não atue e reencaminhe.